O som do Jumbo anda no ponto de equilíbrio entre as guitarras e os beats, entre Kraftwerk e Ramones, entre Mutantes e Serge Gainsbourg, coerente com o caos do mundo e com a diversidade de influências absorvidas por seus integrantes, todos aficionados por música boa e não raro DJs de festas incendiárias. Diversidade esta que permite à banda, sabe-se lá como, criar gemas pop entoadas em versões freak de idiomas como inglês, francês, alemão, japonês e portunhol (o “embromation”). O fato de reunir muitas referências musicais e cênicas é o grande diferencial do grupo e reflexo de sua cidade de origem. Não fosse a grande metrópole, seria difícil reunir em uma mesma banda músicos de ascendência japonesa, africana, lituana, alemã e italiana, entre outras etnias. Um coquetel multicultural que remete à arte pop e, no caso de nós, paulistanos e brasileiros, à Tropicália. O movimento criado nos anos 60, aliás, é fonte de inspiração jumbônica não só por causa de suas fusões estilísticas, mas também pela contraposição de elementos estéticos distintos entre si, o elemento performático e a ironia. O espetáculo que o Jumbo Elektro vem apresentando com muito sucesso em várias cidades brasileiras há mais de dois anos se baseia no primeiro álbum do grupo, “Freak to Meet You - The Very Best Of Jumbo Elektro”, produzido pelo talentosíssimo Arthur Joly ( do aclamado disco “Vivo Feliz”, de Elza Soares) e lançado gravadora independente Reco-Head em 2004, com enorme respaldo da crítica especializada. Nestas apresentações, a banda realça o impacto das músicas com a presença teatral de seus integrantes-personagens, que utilizam de forma bem-humorada instrumentos inusitados como brinquedos, extintor de incêndio e biribas. O Jumbo Elektro é: Frito Sampler (ou Tatá Aeroplano), mestre das criações poéticas em embromation cuja misteriosa versatilidade vocal cobre de Johnny Rotten a Caetano; General Elektrik (ou Gunter), dono de um vozeirão estremecedor e piloto de um vocoder bizarro; Dimas Turbo (ou Dudu Tsuda), responsável pelas bases eletrônicas irresistíveis e teclados açucarados, além de performance glamourosa e vozes agudas; Hans Sakamura (ou Isidoro Cobra), autor de linhas de baixo inesquecíveis e de vozes dignas de um dublador de desenho animado; Otto Van der Vander (ou Marcelo Ozorio), que divide com Dr. Góri (ou Fernando Maranho) a tarefa de criar guitarras estereofônicas envenenadas; e Sosa Lima (ou Gustavo Souza), baterista que completa o pancadão do septeto. Lembrando que todos exercem outras funções quando não estão no palco: um é motoboy argentino, outro fala milhares de idiomas, outro dirige filmes mudos iranianos. E por aí vai. Currículo: O Jumbo Elektro se apresentou em importantes festivais brasileiros como Rec Beat, em Recife, Vivo Open Air, em São Paulo, Goiânia Noise, em Goiânia, Coca Cola Vibe, em Belo Horizonte, e Ruído, no Rio de Janeiro, e no festival Brasil NoAr, em Barcelona, em sua edição 2006. O grupo tem quatro clipes, sendo que um deles, “Freak Cat”, concorreu ao VMB-MTV 2005 na categoria melhor Clipe Independente, e outro, “Fresh Fruit For Rockin’ Vegetables”, tem direção do premiado Luis Carone. A banda participou de programas de televisão como “Fantástico”, “Programa do Jô” e “Altas Horas”, da Rede Globo, “Metrópolis”, da TV Cultura-SP, “Revista”, do Multishow, e “Gordo Freak Show”, da MTV. |
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